Antes da emancipação política em 1962, o atual município de Governador Mangabeira, no Recôncavo baiano, era conhecido como Cabeças. O nome surgiu após moradores encontrarem três cabeças humanas fincadas em estacas em um ponto da estrada usada por bandeirantes e tropeiros que passavam pela região.

Segundo a professora Angelita Gesteira Fonseca, no livro Primórdios e Progressos da Cidade de Governador Mangabeira, por volta de 1700 o local já era identificado como Arraial de Cabeças e pertencia ao município de São Félix, passando depois a Muritiba. A economia era baseada no beneficiamento do tabaco, na agricultura e no comércio de mercadorias.

Em 1934, o Arraial passou a ser Vila, com quatro ruas principais: Rua Principal (atual José Martins), Rua de Baixo (hoje João Altino da Fonseca), Rua das Bananeiras (atual César Martins) e Rua de Cima (hoje 2 de Julho).

A mudança de nome ocorreu em 1962, quando a localidade conquistou sua emancipação. Entre as opções sugeridas para substituir Cabeças estavam Altinópolis, Betânia e Três Palmeiras. O nome escolhido foi Governador Mangabeira, em homenagem a Otávio Mangabeira, ex-governador da Bahia, figura respeitada no estado.

O movimento pela emancipação contou com lideranças como Agnaldo Viana Pereira, Malaquias Cerqueira Ferreira, Antônio Pereira da Mota Júnior e Manoel Machado Pedreira. O primeiro prefeito eleito foi Agnaldo Viana Pereira, que administrou o município recém-criado.

Hoje, Governador Mangabeira mantém em sua história a memória do antigo nome, mas segue o desenvolvimento iniciado desde sua emancipação.