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Pelas redes Sociais foi grande a comoção e revolta pelo incêndio que ocorreu ontem, dia 02 de setembro, no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Segundo o G1,
"O Museu Nacional, que foi atingido por um incêndio na noite deste domingo (2), é a mais antiga instituição cientifica do país e guarda em seu acervo mais de 20 milhões de itens.
Entre eles, alguns dos mais relevantes registros da memória brasileira no campo das ciências naturais e antropológicas, como o fóssil humano mais antigo já encontrado no país, batizada de "Luzia", que faz parte da coleção de Antropologia Biológica.
Criado por D. João VI em 1818, o museu completou 200 anos em junho deste ano. Logo que foi criado, serviu para atender aos interesses de promoção do progresso cultural e econômico do país.
Desde 1892, o museu ocupa um prédio histórico, o palácio de São Cristóvão, que foi doado por um comerciante ao príncipe regente D. João em 1808 e que depois tornou-se a residência oficial da família real no Brasil entre 1816 e 1821.
Foi também palco para a primeira Assembleia Constituinte da República, de novembro de 1890 a fevereiro de 1891, que marcou o fim do império no Brasil.
Desde 1946, o Museu Nacional é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem um perfil acadêmico e científico.
O acervo do museu foi formado ao longo de mais de dois séculos por meio de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações. Tem coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia. São mais de 20 milhões de itens.
Entre seus principais tesouros estão a primeira coleção de múmias egípcias da América Latina e o Bendegó, o maior meteorito já encontrado no Brasil - ele foi achado no sertão da Bahia no século 18 e pesa mais de 5 toneladas.
A antiga residência real, onde nasceu D. Pedro II, expõe uma coleção de peças da época do descobrimento do Brasil, em 1500, até a Proclamação da República, em 1889. Entre elas, o Canhão do Meio Dia, de 1858, usado por D. Pedro I e Theresa Christina Maria e o Relógio do Sol.
Algumas de suas atrações mais populares já não podiam mais ser visitadas pelo público por conta de problemas estruturais, como o esqueleto de uma baleia jubarte e o Maxakalisaurus topai, o primeiro dinossauro de grande porte montado no Brasil".
Na Bahia, foi grande a comoção principalmente entre os educadores.
Para a Educadora e Historiadora Liége Sitja da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, " O Patrimônio histórico está sendo assassinado aos poucos! Tragédia mais que anunciada! Tristeza inimaginável ver as chamas destruindo tudo".
Já a educadora e geógrafa Mariana Meireles da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB, questionou: "Tragédia? Quanto vale a história desse país? Quanto vale a guarda de nossas memórias"? E ainda ironicamente e indignada com as ações do governo atual, acrescentou: "Parabéns aos apoiadores da PEC 241 que congelou por 20 anos os investimentos em Saúde e Educação".
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Por Rony Henrique
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