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A maior parte dessas vítimas era negra (63,6%), tinha entre 18 e 44 anos (70,5%) e foi morta dentro da própria casa (64,3%). Em oito de cada dez casos, o autor foi um companheiro ou ex-companheiro. São crimes que, muitas vezes, acontecem em silêncio, nos lares que deveriam ser espaços de segurança e afeto.
“Os dados, são mais do que estatísticas e revelam histórias interrompidas, famílias destruídas e uma cultura machista que ainda encontra espaço para se perpetuar”, destaca Sílvia Belloni, Diretora da Mulher do SINPAF.
Após 19 anos após a Lei Maria da Penha, o Brasil continua registrando recordes de feminicídios e estupros. “Quando olhamos para esses números, não vemos apenas vítimas — vemos a falha de um sistema que não protege, a ausência de políticas eficazes e a necessidade urgente de transformar mentalidades. É preciso agir antes que o crime aconteça, investir em prevenção, educação e proteção real”, esclarece Belloni.
O Sindicato reforça seu compromisso com a defesa da vida das mulheres, com a promoção de ambientes de trabalho e convivência livres de violência, assédio e discriminação, e com a cobrança por políticas públicas que rompam o ciclo de violência.
O Agosto Lilás é um chamado à sociedade. Denunciar, acolher, apoiar e proteger não são atos isolados — são responsabilidades coletivas. Porque cada vida interrompida é uma perda irreparável para toda a sociedade.
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Apoio e denúncia: por onde começar
Se você ou alguém que você conhece está em situação de violência, é importante saber que não está sozinha e que existem profissionais e instituições preparados para ajudar.Busque apoio emocional: converse com pessoas de confiança — familiares, amigos ou profissionais especializados — que possam oferecer suporte e orientações.
Contate a polícia: em caso de risco imediato, ligue para o 190 e informe todos os detalhes possíveis sobre a agressão e o agressor.
Procure auxílio jurídico: a Defensoria Pública, advogados especializados em direitos da mulher e organizações não governamentais podem orientar sobre medidas protetivas e ações legais.
Busque apoio psicológico: profissionais capacitados em violência doméstica podem auxiliar na superação dos impactos e ajudar na reconstrução da sua vida.
Toda mulher tem o direito de viver em um ambiente seguro e livre de violência. Denunciar é o primeiro passo para interromper o ciclo e reconquistar liberdade e dignidade.
Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180
Via - SINPAF
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