Mais de 5 milhões de brasileiros podem ter título de eleitor cancelado e enfrentar consequências em concursos, universidades e acesso ao crédito

 

Foto: TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve cancelar mais de 5 milhões de títulos eleitorais de pessoas que faltaram às três últimas eleições sem apresentar justificativa ou pagar as multas necessárias. O prazo para regularizar a situação do título terminou na segunda-feira (19). Esses eleitores ainda têm uma última chance de regularizar sua inscrição eleitoral. Para isso, é necessário comparecer a um cartório eleitoral ou acessar o autoatendimento na internet e fazer um requerimento.

Entre os principais impactos está a impossibilidade de participar de concursos públicos, já que a maioria dos editais exige a comprovação de quitação eleitoral como critério eliminatório na fase de inscrição ou posse. O problema atinge especialmente jovens concurseiros e profissionais que buscam estabilidade em carreiras públicas nas esferas municipal, estadual e federal. Além disso, universidades públicas e privadas também exigem a situação eleitoral regularizada como pré-requisito para matrícula.

O título cancelado também pode travar o acesso a linhas de financiamento e crédito, especialmente nos bancos públicos. Programas como o FIES, o Minha Casa Minha Vida e linhas de incentivo ao microempreendedorismo exigem que o cidadão esteja em dia com a Justiça Eleitoral. Instituições financeiras também podem solicitar o comprovante de regularidade para liberar financiamentos habitacionais, estudantis ou de veículos.

A maior parte dos eleitores com títulos passíveis de cancelamento está concentrada na Região Sudeste (45,49%), seguida pelo Nordeste (19,69%) e Sul (16,21%).

Edição: Tribuna do Recôncavo | Informações: Fábio Bouças.

Postar um comentário

0 Comentários